Em quatro décadas, pode acontecer muita coisa ou nada. No caso de Rosalice Azevedo, a caminhada tem sido expressiva. Sua arte evolui como o tempo e está no MAC para a apreciação do público!
Os 40 anos de atividade artística da feirense Rosalice Azevedo podem ser vistos em sua integralidade, incluindo sua fase infantil, no Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira (MAC) até o dia 7 de dezembro. "Percurso e Fé" dá um título perfeito à mostra, que é, na verdade, a autêntica expressão de uma talentosa artista em sua caminhada, às vezes um tanto espinhosa, de quem se dedica com verdadeiro enlevo à pintura, apoiada na fé que muito contribui para a superação de obstáculos.
Uma exposição que mostra o ecletismo da artista, que trabalha com diversas técnicas e temas igualmente variados, fundamentados no cotidiano, sem cair no lugar-comum que muitas vezes retira a atenção do apreciador das artes plásticas. Rosalice trabalha indistintamente com óleo sobre tela, acrílica, xilogravura e litogravura, sempre buscando equilíbrio entre a forma e o desenho.
São cerca de 70 trabalhos que merecem ser apreciados, e isso pode ser feito exatamente a partir da fase infantil da artista feirense, sendo perceptível, desde esse ponto, a vocação de uma futura pintora. Os traços infantis, na técnica de impressão sobre papel, natural para essa faixa etária, foram carinhosa e sabiamente preservados por dona Marisa, mãe de Rosalice, e dimensionam seu universo imaginário em um tempo de sonho e expectativa. A caminhada prossegue da adolescência à idade adulta, com o crescimento da técnica e da compreensão vital, sem abrir mão do onírico.
Há expressão de fé religiosa e de amor nos trabalhos de Rosalice Azevedo, da qual podemos esperar novas manifestações através da arte.
Geórgia Pitombo, diretora do Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira, ressalta que a mostra "Percurso e Fé" vem tendo ótima repercussão, o que pode ser avaliado pela presença de público nesta casa de arte e cultura. Rosalice Azevedo, observa Geórgia, independente de sua técnica apurada, “é uma artista de Feira de Santana, irmã de João Marcelo Gomes, e filha de um casal muito querido na cidade, dona Marisa e seu Isaack, do Café Tabajara”. Até o dia 7 de dezembro, a exposição estará aberta ao público. A seguir, o MAC será preparado para uma mostra com peças do próprio acervo, que marcará o final da temporada.
Por Zadir Marques Porto
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