Fundação Hospitalar (FHFS)

Fundação Hospitalar capacita profissionais de saúde sobre prevenção da sífilis gestacional

 

Capacitação visa melhorar o atendimento e prevenir riscos à saúde de gestantes e recém-nascidos

A sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, pode ser transmitida ao bebê durante a gestação, resultando em problemas como má formação ou até morte fetal. Para capacitar os profissionais de saúde do Hospital Inácia Pinto dos Santos, conhecido como Hospital da Mulher, a Fundação Hospitalar organizou, na manhã de sexta-feira, 25, uma palestra sobre “Sífilis Gestacional”. O evento aconteceu na biblioteca do HIPS e integrou as ações do Outubro Verde, campanha do Ministério da Saúde que visa informar a população sobre os riscos da sífilis e suas consequências para recém-nascidos de mães infectadas.

Durante quatro horas, o enfermeiro doutorando em saúde coletiva pela UEFS, Valternei de Oliveira Morais, que também coordena o Comitê Municipal de Combate à Sífilis, destacou a importância do pré-natal adequado, do uso de preservativos, da testagem para a detecção da doença e do tratamento correto para mães e parceiros em casos de infecção.

“A Fundação Hospitalar está de parabéns por abordar um tema tão relevante para a comunidade e para os profissionais de saúde do Hospital da Mulher. Estamos capacitando aqueles que cuidam de outros, alinhando-nos às novas diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde para o atendimento de gestantes com sífilis, em um hospital que é referência em partos na região”, afirmou o palestrante.

Tratamento e prevenção

Valternei Morais enfatizou que as gestantes devem realizar o pré-natal adequadamente, pois podem ser portadoras da doença sem ter sido diagnosticadas anteriormente. O olhar atento dos profissionais de saúde pode prevenir a prematuridade ou até a morte do bebê. “A sífilis pode permanecer sem diagnóstico e tratamento por décadas. Quando uma gestante contrai a bactéria e não faz exames, a infecção pode ser assintomática, mas o bebê pode ser afetado, resultando em má formação ou até óbito, situações que poderiam ser evitadas”, alertou.

Ele ressaltou que o tratamento para sífilis congênita envolve o uso de antibióticos. No caso de alergias, existem opções combinadas conforme orientação médica. “Recomendo que as gestantes realizem o pré-natal corretamente, façam o teste rápido para sífilis e outras doenças infecciosas disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Se diagnosticadas, devem iniciar o tratamento e prevenir a sífilis congênita no bebê, além de também tratar o parceiro. É fundamental utilizar preservativos em todas as relações sexuais, não apenas durante a gestação, mas ao longo da vida”, ressaltou.

A coordenadora de enfermagem do Hospital da Mulher enfatizou a importância das ações do Outubro Verde para capacitar os profissionais de saúde, seguindo todos os protocolos do Ministério da Saúde, com o objetivo de reduzir as taxas de internação prolongada em parturientes e recém-nascidos.

“As gestantes que chegam à emergência da nossa unidade realizam um teste rápido para sífilis. Se o resultado for reagente, seguimos o protocolo para titulação da sífilis através do VDRL, que avalia o nível de contaminação, e a partir disso definimos o tratamento adequado para a gestante e o acompanhamento do recém-nascido”, explicou a coordenadora.

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