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HGCA separa 10 leitos de ortopedia para atender pacientes com Covid-19; diretor volta a cobrar Hospital Municipal

 


Foto: Ascom/HGCA

Na última segunda-feira (18), o secretário de Saúde de Feira de Santana, Marcelo Britto, afirmou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), estão enfrentando superlotação, não apenas de pacientes com Covid-19, como também com outras doenças, e atribuiu que a demora para interná-los, deve-se à fila de regulação do estado.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (21), o diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira, afirmou que 10 leitos na unidade, foram reservados para atendimento de Covid-19, e pacientes que estão na fila da regulação, estão sendo transferidos para o Hospital, sem realizar o teste para a doença.

“Nós precisamos entender que regulação funciona com leitos, e a segunda maior cidade do estado da Bahia, não tem um Hospital Municipal, porque a primeira decisão que precisa ter, é construir uma unidade própria, e com isso, hoje o Clériston Andrade precisa fechar 10 leitos de outras doenças, para reservar especificamente para Covid-19, e os pacientes que estão nessa fila de regulação, quando chegam aqui, chegam sem realizar o teste, e testam positivo para a doença. Se o município tivesse um Hospital Municipal, isso iria amenizar o sofrimento da população, porque aqui nós temos espaços para acomodar apenas 13 leitos, quando vai ver, tem 26, 27 pessoas internadas, teve um final de semana que já atingiu 32 leitos em um único espaço”, afirmou.

De acordo com o diretor, caso a Micareta de Feira seja realizada, o município terá um ‘estouro’ de casos.

“A minha maior preocupação nesse exato momento, é com a Micareta. Se o Acorda Cidade pudesse fazer uma enquete em saber quem é a favor e quem é contra, poderíamos ter essa resposta da sociedade também, questionando se vai prejudicar ou melhorar, porque se as pessoas não sabem, ainda temos Covid-19, e não adianta esconder a doença, e se tiver a festa, pode esperar de 10 a 15 dias, para os casos estourarem aqui na cidade, e depois querem dizer que não tem regulação, mas o propósito de todos no período eleitoral, era que Feira de Santana teria um Hospital Municipal, mas até o momento, nada foi feito”, concluiu.

Também em entrevista ao Programa Acorda Cidade, o ex-diretor do Hospital de Campanha de Feira de Santana, e atual diretor do Complexo Materno Infantil da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, o médico obstetra, Francisco Mota, explicou que todas as unidades de saúde do município possuem materiais para testagem contra Covid.

“Foram colocadas algumas coisas sobre a regulação, mas todos sabem que a regulação é de responsabilidade do estado da Bahia, porém foi dito que não estava havendo testagem para pacientes, que estas pessoas estavam sendo reguladas sem fazer o teste, mas não é bem assim. A testagem é feita em grande massa pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal, então existe testagem nas UPAS, nos PSFs, nas UBSs, e não há nenhum tipo de dificuldade para isso, o que realmente temos, é a dificuldade para o cidadão comparecer na unidade para fazer o teste”, informou.

Ainda segundo o médico, a testagem também só é feita em casos quando o paciente apresenta algum tipo de sintoma.

“Nós temos hoje uma testagem em grande massa, porém a gente só testa em pacientes que possuem sintomas gripais, porque pegando o exemplo de um paciente que está internado na UPA com problema de insuficiência cardíaca, não tem nenhuma relação com a Covid, outro exemplo são as pessoas que também estão no estúdio do rádio nesse momento, e se não estiverem sentindo sintomas, não irão passar em um laboratório para fazer teste, não é algo rotineiro para fazer todos os dias, então isso não justifica as dificuldades que estão encontrando para realizar as transferências por regulação”, pontuou.

Com relação à Micareta de Feira, o médico Francisco Mota informou que ainda é precoce tomar uma decisão em suspender a festa.

“Nós ainda temos cerca de dois meses para a realização da festa, acho que seria muito precoce pensar em cancelar qualquer coisa desse tipo, já conversei nesta semana com o secretário Jairo Carneiro Filho, me pedindo justamente a opinião a respeito disso, a variante Ômicron, infecta muito rápido e tem também uma melhora muito rápida. Acredito que daqui para setembro, não tenhamos pessoas mais infectadas, como tivemos agora, e vale ressaltar que tivemos esta onda no início do ano de forma rápida e caiu de forma muito rápida também”, concluiu.

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