Um debate que prezou pelo tom respeitoso entre os candidatos, assim foi caracterizado o primeiro encontro entre os prefeituráveis de Feira de Santana no teatro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), promovido pela TV Geral, Rádio Geral e Jornal Folha do Estado da Bahia. Outro ponto alto foi interação entre eleitor/expectador e o debate, com mensagens aos candidatos (as) que foram lidas ai vivo, durante o encontro, mediado pelo jornalista Danilo Guerra.
Propostas desde tarifa zero, hospital geral municipal, centro administrativo e hospital veterinário foram abordados no debate e até mesmo candidato já com apoio do presidente Jair Bolsonaro, citado nominalmente apenas duas vezes. Referências a fake news e desmentidos foram nulos durante as falas. Beto Tourinho (PSB), Carlos Geilson (Podemos), Carlos Medeiros (Novo), José de Arimateia (Republicanos), Marcela Prest (PSOL), Nelson Roberto (PRTB), Orlando Andrade (PCO), Professora Dayane Pimentel (PSL) e Zé Neto (PT) estiveram presentes. Colbert Martins (MDB) não compareceu e enviou nota [confira no final da matéria].
Ampliação do CIS
Logo no primeiro bloco, ao ser perguntado pelo representante do Sindicato das Indústrias do Vestuário, Edison Virginio, sobre a atração de empresas para Feira de Santana, o candidato Carlos Geilson (Podemos), disse que quando deputado estadual votou em diversas vezes pela ampliação do Centro Industrial do Subaé (CIS). “A facilidade Feira de Santana ser um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, isso deve ser explorado pelo atual gestor ou futuro gestor para atrair empresas para Feira de Santana. Também deve participar com investimento maciço, diminuir carga tributária, só assim poderemos competir com outras cidades, chegando essas empresas vamos ter mais oportunidades, mais empregos, mais renda. O prefeito tem eu ser agressivo para atrair estas empresas”, disse.
Separar Esporte, Cultura e Lazer
Ainda no primeiro bloco, quando questionada pela cantora e produtora cultural Márcia Porto sobre a gestão na área da Cultura, a sorteada para responder, a candidata Marcela Prest disse que é necessário uma reformulação da politica de cultural no município. “Nós nos comprometemos primeiramente em criar uma secretaria municipal de Cultura, desatrelando o Esporte e Lazer desta secretaria e criando uma própria de Esporte e Lazer. Além disso, é fundamental que a gente possa colocar em prática o Plano Municipal de Cultura que foi debatido pelos diversos grupos culturais, coletivos, sujeitos e trabalhadores da cultura”, revelou.
Conselhos
Já ao responder o questionamento do radialista Wilson Passos, sobre a assistência social as minorias, o candidato Orlando Andrade (PCO), disse que a proposta é formar conselhos populares. “É a única alternativa de o povo oprimido ter a possibilidade de decidir as questões da cidade, de seus bairros, defendemos conselhos populares de saúde, nos bairros, para os operários, para decidirem sobre seus trabalhos. Nada mais justo quem sofre decidir sobre a sua vida”, comentou.
Educação
No segundo bloco, os candidatos tiveram a oportunidade de fazer perguntas entre si. Em um dos momentos, José de Arimateia (Republicanos) perguntou a Beto Tourinho (PSB) sobre propostas para educação municipal. “Aumentar consideravelmente o investimento na educação infantil, que em Feira de Santana é uma lastima, aumentar as escolas em tempo integral, com atividades de robótica, de jogos, empreendedorismo. Melhorar o ensino na zona rural de Feira de Santana com escolas desassistidas, valorizar os nossos profissionais de educação, fazendo com que sejam reconhecidos”.
“Tarifa zero”
Perguntada pelo candidato Zé Neto (PT) sobre a questão do transporte coletivo, Marcela Prest (PSOL) falou sobre a “tarifa zero”. “Vamos romper com o grande empresariado local, especificamente com o empresariado do transporte, que há anos faz com que nós, a população, não temos condições mínimas de mobilidade e na cidade e no campo. Nós vamos instituir tarifa zero. Temos condições de instituir tarifa zero, além disso, é fundamental a ampliação da frota. No BRT vamos rever tudo”, comentou.
Candidato não sabia o nome do outro
O momento que destoou no debate foi quando ao ter a possibilidade de perguntar ao candidato Carlos Medeiros (NOVO), Orlando Andrade (PCO) não sabia o nome do postulante ao Paço Municipal e com o tempo estourado, não conseguiu formular a pergunta. “Nem o meu nome o candidato sabia, represento o partido NOVO, partido de renovação, que foi fundado nestes últimos tempos, por gente comum que nunca participou da política, temos em Feira de Santana 150 filiados, pessoas que estão unidas para mudar a política, candidato Orlando, eu sei o seu nome, eu estudei antes. É assim que nós vamos fazer, não estamos aqui para brincar”.
“Quem inventou fui eu”
No bloco em que foi permito os candidatos apresentarem o plano de governo teve candidato “pai” de proposta, como se definiu Nelson Roberto (PRTB) ao comentar sobre a construção de um Hospital Municipal. “Quem inventou e fazer primeiro fui eu, na minha campanha de 2018, fui o homem que disse que seria deputado e traria verbas para o prefeito construir um Hospital Municipal, o povo se queixava que estava morrendo a míngua. Seriam 400 leitos e 15 UTIs”, bradou o candidato.
As considerações
O primeiro discurso no bloco das considerações finais foi da candidata Dayane Pimentel (PSL), que enumerou as bandeiras principais que sustentam as propostas de campanha. “Ordem, pátria, família, combate a corrupção são as minhas bandeiras principais, acredito pelo que já fiz por Feira de Santana e pela minha vontade de combater a corrupção e trazer mais dignidade ao povo feirense, eu posso muito bem presentar a nossa gente”, afirmou.
Já Carlos Medeiros convidou ao eleitor a conhecer a plataforma de governo do partido ao qual é filiado, o NOVO. “Eu tenho plena convicção que estou preparado para administrar a nossa cidade. Tecnicamente, cortar custos, privilégios, formar e liderar grandes equipes sempre foi a minha vida e emocionalmente eu estou cada vez mais preparado e consciente da minha responsabilidade”, pontuou.
O candidato José de Arimateia (Republicanos) disse que o plano de governo da coligação a qual faz parte tem 110 propostas para Feira de Santana. “Sou o único candidato conservador, de família, que tenho o apoio do presidente da República Jair Messias Bolsonaro, estarei governando a cidade de Feira de Santana para todos, independente de religião, de partido, terão acesso ao prefeito. Sou candidato ficha limpa”, comentou.
O petista Zé Neto (PT) iniciou o tempo de considerações finais lamentando a ausência do candidato Colbert Martins. “Por isso que tem que mudar, a mudança esta na porta, estou com 56 anos, sou advogado, me sinto muito preparado para junto com você construir uma cidade melhor, mais humana, esta paixão por feira me move”, disse.
Carlos Geilson, do Podemos, disse que a campanha eleitoral é um momento muito especial para ele, que se recuperou ultimamente de chikungunya e do novo coronavírus. “Eu quero ser prefeito de Feira de Santana aos 60 anos de idade, me encontro intelectualmente emocionalmente preparado para governar a sua cidade”.
O candidato Orlando Andrade (PCO) se solidarizou com os trabalhadores ambulantes e os professores da rede municipal de Feira de Santana. “Nesse sentido discutimos e chamamos para luta contra o governo municipal e nacional, organizar os trabalhadores para lutar pelos seus empregos, por sua vida, sobrevivência. Nós do PCO não queremos só seu voto, queremos que os trabalhadores venham incorporar e marchar com a gente”, resumiu.
Roberto Tourinho (PSB) defende que é hora de Feira de Santana dar um passo adiante. “Não podemos continuar nesta mesmice na cidade de Feira de Santana, este processo de cansaço. Venho pedir a você não o voto, venho pedir a confiança a oportunidade para que possamos juntos trabalhar por Feira de Santana. Neste momento eu tenho a certeza absoluta de que todos nós não suportamos o que estamos a presenciar em nossa cidade”.
Já Nelson Roberto (PRTB) disse que Feira quer mudança e defendeu o próprio nome. “Um homem destemido, trabalhador, guerreiro, ele sabe muito bem o que é que a população quer, Vou trabalhar incansável pela saúde, educação, cultura, lazer e tenha certeza que nós vamos fazer a Feira de Santana que você merece”, disse.
A candidata Marcela Prest (PSOL) disse que o partido apresenta um projeto político para Feira de Santana. “Para ir a raiz dos problemas, para transformar Feira pela raiz, vem com a gente construir uma Feira pensada para a maioria da população em sua diversidade”, abordou.
Confira nota enviada pelo núcleo de campanha do candidato Colbert Martins Filho
A Justiça Eleitoral definiu oficialmente ontem, segunda-feira (05), o tempo de mídia e propaganda eleitoral gratuita para cada candidato. Com a agenda administrativa mantida como Prefeito e faltando poucos dias para a estreia dos programas eleitorais, (rádio e tv) causou algumas adequações em compromissos já agendados com antecedência, resultando, inclusive em processo de novas gravações.
Devido a isso, a presença do candidato nos estúdios de campanha, tornou-se vital para a produção do programa eleitoral gratuito. Tivemos que realizar modificações de última hora na agenda.
Logo pedimos sinceras desculpas pela ausência do candidato Colbert no debate deste terça-feira (06), que será realizado às 20h00.
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